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Já provaste o doce de jambo? Vem pra Santarém Novo conhecer! |
Após pegar algumas horas de viagem
entre Belém e Santarém Novo, é natural que o viajante que vem para participar
do 13º Festival de Carimbó de Santarém Novo sinta aquele vazio típico no centro
do corpo. É, com isso não dá pra brincar: fome é fogo! Mas não se desespere. Há
muito para conhecer, comidas e bebidas, na cidade onde o Carimbó não morreu. E,
é claro, junto com as receitas, conheça um mundo rico de detalhes que tornam a
cultura paraense um capítulo à parte na história do Brasil.
Nem é preciso andar muito. Logo ali, ao
lado da grande escultura de caranguejo, em frente ao prédio da prefeitura, está
armada a banca de uma das mais famosas tacacazeiras da cidade, a Dona Irene.
“Meu filho, quando é dezembro, isso aqui fica cheio. Aí sim a venda arrebenta, mas
eu não aumento o preço não. Continua sendo cinco reais”, nos conta. No
cardápio, além do tradicional tacacá, com molho de pimenta fresca e “queimosa”,
estão as deliciosas coxinhas de frango e as patolas de caranguejo. Mas não só
isso.
Dona Irene nos revela uma novidade para
os visitantes. “Tu nunca viste o tacacá de caranguejo? Ah, é muito bom. Agora
eu não tenho, o caranguejo ainda tá muito magro”, explica. A receita é simples:
a carne do animal é retirada junto com a gordura, refogada com temperos como
cheiro verde, e servida em uma cuia. “É uma comida típica do caboclo”,
acrescenta Isaac Loureiro, presidente da Irmandade de São Benedito e nosso
anfitrião.
Durante o festival, as cozinheiras
capricham na utilização de ingredientes amazônicos, como jambu, tucupi e
caranguejo, além da dourada e da piramutaba. Para agradar também ao gosto dos
viajantes vegetarianos, dona Ana Lopes, do restaurante “Encontro dos Amigos”,
prepara quitutes como o empadão de legumes. “Eu vi que alguns não comiam carne,
né? Então criei logo essa receita”, narra. É também dona Ana a criadora do doce
de jambo, aquela fruta roseada, muito presente nos municípios do Pará. “O jambo
fazia lama aqui. O que faço é botar o açúcar no fogo, fazer aquela calda
parecida com a do pudim e botar os pedaços da fruta”, nos explica, enquanto as
bocas se enchem d'água.
Há também a famosa “gengibirra”, bebida
de alto teor alcoólico que “abastece” de energia os festeiros durante os três
dias de festival. Segundo dona Teodorina Loureiro, não tem mistério. Basta
cortar os pedaços de gengibre, misturar com cachaça (“muita cachaça!”), pôr
açúcar e bater no liquidificador. Depois, é deixar “descansando” e bater de
novo e de novo - quantas vezes achar necessário.
Deu vontade de experimentar. A gente
sabe. Então é só arrumar as malas e planejar a viagem. A cidade estará de
portas e panelas abertas. Ah, e não esquece de participar do financiamento
coletivo no site Kikant ( http://www.kickante.com.br/campanhas/festival-de-carimbo-de-santarem-novo-fest-rimbo-0). A gente se encontra na estátua do caranguejo!
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